sábado, 28 de fevereiro de 2009

IRONIC


Sai de ti aquele raio de luz que me fulmina até ao mais íntimo recanto da mente! Em ti o céu de um novo dia e de esperanças erguidas pela vida que constróis e me deixas invadir a cada segundo de loucura em que deixo de sufocar as emoções e os arrepios que se desejam sentir.

Procuras algo aqui e além e dizes que só encontras o meu velho olhar, cheio de uma luz brilhante que te cobre a alma, que te alimenta o ser . . . Dizes que às vezes vês também o sorriso, que quase se desvanece mas que muitas vezes ainda te parece o mesmo, vivo, alegre, cheio do Sol e da Lua . . . dizes também, e eu sei que acreditas verdadeiramente, que às vezes te pareço ainda a tal princesa . . . aquela das noites sem dormir, aquela das tardes verdes e dos beijos quentes que ansiavas a cada esquina.

Encontras o teu conforto na minha porta e a tua mão junto da minha. Quando te lembras do coração, é junto de mim que o desenhas com essas lindas mãos que me estonteiam. Guardas os mimos e as coisas, por vezes boas, por vezes más, mas coisas . . . juntinhas, trancadas com teias do teu mais belo bocado e carinhosamente tocas por vezes as recordações como quem as acaricia para as manter ali, vivinhas e a respirar uma história que agora escreves e que eu sei que desejas longa. Eu desejo-a apenas feliz. Não peço mais, nem meses, nem anos, peço-a apenas feliz! E isso chega-me bem porque perto de ti quase tudo me chega. Ate um raio de Sol sozinho parece iluminar o rio inteiro. Até uma risquinha de cor na tua camisola já me parece o arco-íris que vai daqui à caixa dos sonhos. Até um mero beijo já me traz mais do que eu pedia. Um pequeno olhar e eu sei que já entraste em mim e que já leste tudo, muito antes de eu escrever. és assim tu . . . tão meu, tão nosso, tão lindo, tão inundado daquilo que eu quero ter, tão vestido das coisas que eu ambicionei, mas ao mesmo tempo tão longe dos planos. E isso faz de ti a escolha certa, que me quebra as regras, que me abala o planeado, que me desatina com o que sempre foi certo, que me deixa noites e noites em branco, que me dificulta tanta coisa só para depois o que é fácil saber ainda melhor. És assim tu, o meu polo oposto do íman, o meu rio que sobe, a minha maior contracurva, a maior refutação de todas as minhas antigas verdades.


AMO-TE


"Isn't it ironic? . . ."

1 comentário:

Johnny disse...

Estava a ler o texto e a pensar "este é sobre mim... Mas isso não é bom... Não! Vou levar com os pés! bolas ela tem razão eu não ando a agir bem... ardi... o que me importa é que ela seja feliz! eu amo-A!" mas quando cheguei ao final deu-me vontade de rir e de te agarrar! Amo-te miúda!Eu goste de ti e quero te fazer feliz!
Sim o livro está a ficar giro, tem partes más mas as boas só me dão vontade de rir!
Nós valemos a pena, os ímanes servem para muita cena e trabalham bem, mesmo que os seus pólos sejam muito diferentes.
Amo-te