sexta-feira, 17 de outubro de 2008

NOITE

Amanhece então com o novo dia.Lentamente revira os olhos que abre para encarar a triste luz matinal.
Lá fora os fugazes raios de sol iluminam as ruas outrora cobertas de flores.São as antigas ruas dos passeios cheios de vida, dos momentos ricos de risos e de palavras felizes que agora lhe apertam o coração.
E mais uma vez, um esforço enorme para contrariar o cansaço e a vontade de continuar ali . . . parada, despida de tudo, de todos . . . e ao mesmo tempo tão cheia das coisas que durante o sono se tornam reais. Quer adormecer outra vez, cair no sonho, vivê-lo, senti-lo. . . Mas não pode ser . . . é louco viver assim e o frio lá de fora pede ainda uma companheira.
Apressadamente prepara o dia que virá . . . corre . . . corre . . . corre . . . e eis que chega onde tinha que chegar e volta aos sentimentos mecanizados de um dia a dia cheio de tantas coisas . . . vazio de tantas outras.
ACABOU, enfim acabou mais um dia e outra vez chega a noite que tem medo de enfrentar mas que loucamente deseja receber. E cai no sono, entra no sonho . . . e então redescobre o que já não tem e abraça o que nunca teve como quem é puramente feliz.Acorda a meio da noite e forçadamente dorme outra vez e dorme, dorme enquanto os sonhos lhe tomam conta do sono e não a deixam descansar . . . mas não se importa, enquanto dorme a coragem não tem limites, a felicidade é infinita . . .

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